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Plano de aula de Língua Portuguesa desta semana

Atividade-Língua Portuguesa 26/05/2020 a 29/05/2020
                (CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA TER ACESSO AO LIVRO EM PDF)
                                                                   CONTO O DONO DA BOLA


Você vai ler trechos de mais um conto,O dono da bola, do livro Marcelo,  marmelo,  martelo escrito  por  Ruth  Rocha.

O dono da bola
(Ruth Rocha)

Este  é  o  Caloca.  Ele é  um  amigo  muito  legal.Mas ele  não  foi  sempre  assim,  não.  Antigamente ele  era  o menino mais enjoado de toda a rua.E não se chamava Caloca.O nome era Carlos Alberto.E sabem por que ele era assim enjoado?
Eu não tenho certeza, mas acho que é porque ele era o dono da bola. Mas me deixem contar a história, do começo.
Caloca  morava  na  casa  mais  bonita  da  nossa  rua. Os  brinquedos  que  Caloca  tinha  vocês  não  podem imaginar! Até um trem elétrico ele ganhou do avô. E   tinha   bicicleta,   com   farol   e   buzina,   e tinha   tenda   de   índio,   carrinhos   de   todos   os   tamanhos   e  uma bola de futebol,  de  verdade.
Caloca  só  não  tinha  amigos.  Porque  ele  brigava  com  todo  mundo. Não  deixava ninguém brincar com os brinquedos dele.Mas futebol ele tinha que
jogar com a gente porque futebol não se pode jogar sozinho.
O  nosso  time  estava  cheio  de  amigos.  O  que  nós  não  tínhamos era bola
de futebol.  Só bola de  meia,  mas não é a mesma coisa.Bom mesmo é bola
de couro,como a do Caloca.

Mas, toda vez que a gente ia jogar com Caloca, acontecia a mesma coisa.Era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!

– Ah, Caloca,não vai embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo...
– Espírito esportivo, nada! —berrava Caloca.
—E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto!
E  assim,  Carlos  Alberto  acabava  com  tudo  que  era  jogo.  A  coisa  começou
a  complicar  mesmo,  quando resolvemos  entrar  no  campeonato  do  nosso
bairro. A gente precisava  treinar  com bola de  verdade  para  não estranhar  na
hora do  jogo.Mas  os  treinos  nunca  chegavam  ao  fim. Carlos  Alberto  estava  sempre  procurando encrenca:
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
–Se eu não for o capitão do time, vou embora!

–Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola! E quando não se fazia o que ele queria, já se sabe, levava a bola embora e adeus treino.
Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer uma reunião:
– Esta reunião é pra resolver o caso do Carlos Alberto.Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e  acaba com o treino.
Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva:
–A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser!
– Pois é isso mesmo! –disse o Beto, zangado.
–É por isso que nós não vamos ganhar campeonato nenhum!
–Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que nem bola tem!
E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço.
Todas  as  vezes  que  Carlos  Alberto  fazia isso,ele  acabava  voltando  e dando  um  jeito  de  entrar  no  time  de novo.  Mas,  daquela  vez, nós estávamos  por  aqui  com  ele.  A  primeira  vez  que  ele  veio  ver  os  treinos,ninguém ligou.
Ele subiu no muro, com a bola debaixo do braço como sempre, e ficou esperando que alguém pedisse para  ele     jogar.Mas     ninguém     disse     nada.     Quando     o     Xereta     passou     por perto,     ele     puxou conversa:
–Que tal jogar com bola de meia?
Xereta deu uma risadinha:
Serve...
Um dia, nós ouvimos dizer que o Carlos Alberto estava jogando no time do Faz
-de-Conta, que é um time lá da rua de cima. Mas foi por pouco tempo. A primeira vez que ele quis carregar a bola no melhor do jogo,como fazia conosco, se deu muito mal...O  time  inteiro do  Faz-de-Conta  correu  atrás  dele  e  ele  só  não  apanhou porque  se escondeu na casa do Batata.
Aí, o Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho.A gente passava pela casa dele e via. Ele batia bola com a parede.Acho  que  a  parede  era  o  único  amigo  que  ele  tinha.Mas  eu  acho  que  jogar  com  a  parede  não  deve  ser muito divertido.
Porque, depois de três dias, o Carlos Alberto não agüentou mais.
Apareceu lá no campinho.
–Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola.
–Nós não queremos sua bola não.
–Ué, por quê?
–Você sabe muito bem. No melhor do jogo você sempre dá um jeito de levar a
bola embora.
–Eu não, só quando vocês me amolam.
–Por isso,mesmo que nós não queremos, só se você der a bola para o
time de uma vez.
–Ah, essa não! Está pensando que eu sou bobo?
E Carlos Alberto continuou sozinho. Mas eu acho que ele já não estava
gostando de estar sempre sozinho.
No domingo, ele convidou o Xereta para brincar com o trem elétrico.
Na segunda, levou o Beto para ver os peixes na casa dele.
Na terça, me chamou para brincar de índio.
E, na quarta, mais ou menos no meio do treino, lá veio ele com a bola debaixo do braço.
–Oi, turma, que tal jogar com uma bola de verdade?
Nós estávamos loucos para  jogar  com  a bola dele.Mas não podíamos dar   o
braço a torcer.
–Olha, Carlos Alberto, você apareça em outra hora.Agora, nós precisamos treinar
—disse o Catapimba.
–Mas eu quero dar a bola ao time. De verdade!Nós todos estávamos espantados:
–E você nunca mais pode levar embora?
–E o que é que você quer em troca?
–Eu só quero jogar com vocês...
Os  treinos  recomeçaram  animadíssimos.  O  final do  campeonato  estava chegando  e  nós  precisávamos recuperar o tempo perdido. Carlos Alberto
estava outro. Jogava direitinho e não criava caso com ninguém.E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se abraçou.A gente gritava:
–Viva o Estrela-d’Alva Futebol Clube!
–Viva!
–Viva o Catapimba!
–Viva!
–Viva o Carlos Alberto!
–Viva!
Então, o Carlos Alberto gritou:
–Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem me chamar de
Caloca!

                                                                    
Entendendo o conto:

01 – Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal da história?
      
02 – Quem narra a história participa dela ou não?

03 – Carlos Alberto costumava fazer chantagem e impor condições para emprestar sua bola de couro. Comprove a afirmação com uma frase retirada do texto.
     

04 – Qual era a finalidade da reunião que Catapimba, o secretário do time, resolveu fazer?


05 – Qual era o nome do time?

06 – Ao final, o time saiu campeão. Se Carlos Alberto tivesse continuado com o mesmo comportamento de antes, você   acha que o time sairia vitorioso? Justifique sua resposta.


07 – Relacione as ações às reações dos personagens:
(1)  O juiz marca falta.
(2)  Catapimba fez uma reunião para resolver o problema.
(3)  Caloca se arrepende e pede para voltar ao time.
(4)  O time conquista a vitória no campeonato.

(  ) Caloca retira-se do time, isolando-se dos colegas.
(   ) Todos se abraçam e gritam “viva”.
(   ) Caloca grita: “Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!”
(   ) Os colegas recebem Caloca de volta ao time.

08 – Carlos Alberto apresenta características diferentes no decorrer dos três momentos da narrativa. Faça a devida associação:
(1)   1° momento
(2)   2° momento
(3)   3° momento

(     ) solitário
(     ) briguento
(     ) cooperativo
(     ) egoísta
(     ) zangado
(     ) arrependido
(     ) chantagista
(     ) amigável
(     ) encrenqueiro.

.

9) Como  o personagem principal era “considerado” inicialmente pela turma da rua? 

10) Com base no texto, numere a segunda coluna de acordo com a primeira.                                   
( 1 )  Catapimba                          (     ) time de futebol
( 2 )  Beto                                    (     ) secretário do clube
( 3 )  Estrela d’ Alva                     (     )  Carlos Alberto
( 4 ) O “dono da bola”                  (     )  amigo do Catapimba

11) Nas boas histórias, sempre acontece algo que muda a rotina de um personagem.

a) O que fez o Caloca mudar seu modo inicial de ser?  
                                
b) Caloca tinha muitos amigos? Por quê? 


12) Cite duas atitudes do garoto ao se sentir sozinho, após sua exclusão do time.

13).Leia o verbete: AMOLAR

1-Tornar cortante por fricção, afiar ; 
2-tonar perspicaz  ; 
3-aborrecer (-se)
Volte ao trecho e responda:
–Eu não, só quando vocês me amolam.”
a) A palavra amolam foi usada no sentido de _______________

b) Escreva, agora, uma frase usando a palavar “amolar” no sentido nº 1:                                                                                            


14) Observe a frase:
–“Ah, Caloca, não vai embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo...”
Marque um X na frase que pode substituir a expressão “tenha espírito esportivo” na frase:
(___)você deve vencer sempre
(___) saiba jogar se divertir
(___)saiba ganhar e perder



15) Atividade do livro Aprender Sempre – Atividade 4 – Treinando a síntese dos textos de divulgação cientifica - página 7 (fazer a leitura do texto sobre o animal Mico-leão-da-cara-preta e registrar as informações solicitadas).







16) Atividade – interpretação de texto

No caderno, fazer o cabeçalho e responder as atividades abaixo, lembrando que só é necessário a resposta no caderno, não é para copiar as questões.
Leia o cartaz abaixo, que corresponde a parte de uma pesquisa produzida pela
SaferNet Brasil.

1.)Qual o assunto tratado no cartaz?
 
2.)Os dados revelam riscos à segurança dos adolescentes? Manifeste sua opinião.
   3.)Quantas horas por dia a maioria dos jovens pesquisados passam na internet?


4.)Pelos dados, há crianças menores de 7 anos acessando a internet? Que informação mostra isso?
   5.)Qual o objetivo de um material gráfico como esse?
   6.)Quem mais acessa a internet, os meninos ou as meninas?
   7.)Pela análise dos dados, podemos afirmar que todos os jovens pesquisados têm computadores em suas casas? Explique.

8.)Quais as vantagens para uma criança em acessar a internet em uma área comum de sua casa? De acordo com a pesquisa, a maioria das crianças acessam a internet dessa forma?
PONTUAÇÃO















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